A CRUZ DA COR
Não, não se nega um poeta
Só porque é negrinho
Se olha a obra que fez
Tropos e Fantasias, Missal e Broquéis
Não, não se mede um homem
Pela cor que a sua pele tem
Mas pelo caminho
Que com sua cruz trilha
Buscando ser alguém
Com o dom que tem
O sol brilhou para todos
Para o João não brilhou
Negaram-lhe pela sua cor
O raio de sol e o louvor
Perderam com tamanha injustiça
A grandeza de bem dizer
Que neste pedacinho de chão
Nasceu o maior poeta simbolista
"JOÃO DA CRUZ E SOUSA"
Desterrense e manézinho de coração.