A conversa
Deitada sobre uma miríade de fantasia,
Acompanhava de perto a luz iminente que o céu trazia,
Eram como acordes e visões do desconhecido,
Mas, de alguma forma, sentia tudo que havia vivido.
Meu coração indagava o desejo,
E a decifração vinha como um segredo,
O que os olhos não iriam ver,
A vida teria que um dia, trazer.
Indagava até o próprio destino,
O porquê de tudo que desejava ainda não tinha vivido,
Mas ele é mais incerto que a própria incerteza,
E respondeu-me que o explendor das coisas está na pureza.
Perguntei até ao sol o motivo de brilhar todos os dias,
E meus dias ainda assim, serem sombras,
Ele respondeu-me que até quem brilha eternamente a velar,
Um dia se prosta a vida e se entristece ao pensar.
Questionei a lua o contrário do sol, a razão do qual ela brilhava somente quando ele a olhava,
Ela respondeu-me que ele a iluminar não a tornava menos valiosa que ele,
Mas sim, que se completavam,
São como amantes, que não se viam mas que se amavam.
E então, perguntei ao meu coração,
A razão de não ter encontrado outra solidão pra viver,
Ele respondeu-me que até pra amar,
Precisava permanecer.
Então todos aos que perguntei, me indagaram a razão pela qual eu não estava descobrindo as respostas com minhas mãos,
E eu os respondi que pra perguntar, precisa-se pensar,
E todos puseram-se a chorar,
Pois a resposta certa para todos nós, já estava lá.