A conversa

Deitada sobre uma miríade de fantasia,

Acompanhava de perto a luz iminente que o céu trazia,

Eram como acordes e visões do desconhecido,

Mas, de alguma forma, sentia tudo que havia vivido.

Meu coração indagava o desejo,

E a decifração vinha como um segredo,

O que os olhos não iriam ver,

A vida teria que um dia, trazer.

Indagava até o próprio destino,

O porquê de tudo que desejava ainda não tinha vivido,

Mas ele é mais incerto que a própria incerteza,

E respondeu-me que o explendor das coisas está na pureza.

Perguntei até ao sol o motivo de brilhar todos os dias,

E meus dias ainda assim, serem sombras,

Ele respondeu-me que até quem brilha eternamente a velar,

Um dia se prosta a vida e se entristece ao pensar.

Questionei a lua o contrário do sol, a razão do qual ela brilhava somente quando ele a olhava,

Ela respondeu-me que ele a iluminar não a tornava menos valiosa que ele,

Mas sim, que se completavam,

São como amantes, que não se viam mas que se amavam.

E então, perguntei ao meu coração,

A razão de não ter encontrado outra solidão pra viver,

Ele respondeu-me que até pra amar,

Precisava permanecer.

Então todos aos que perguntei, me indagaram a razão pela qual eu não estava descobrindo as respostas com minhas mãos,

E eu os respondi que pra perguntar, precisa-se pensar,

E todos puseram-se a chorar,

Pois a resposta certa para todos nós, já estava lá.

Maria Fernanda de Araújo Dantas
Enviado por Maria Fernanda de Araújo Dantas em 05/06/2019
Código do texto: T6665259
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