Calabouço Rarefeito

vejo prisioneiros soltos pelas ruas

pela janela de seus olhos

em suas prisões invisíveis

coagido por opressores segredos

não sabe que estão presos

detrás destas paredes tênues

que lhes parecem invencíveis

desejam ser, em verdade, almas livres

seu coração requer ao juízo divino

a liberdade que por si e pelo outros foi indeferido

já estive no mesmo cativeiro do receio

que os detém além da fronteira do medo

dos limites inconscientemente impostos pela dor

e dos tributos que oferecem ao pensamento alheio

amantes secretos da liberdade e do verdadeiro amor

oh, meus irmãos, libertai-vos de sua etérea prisão

jogai vossas muralhas à baixo

e com vosso brado pô-las ao chão