Fim de Noite
Súdita noite acalentada por estrelas
Perpetrada por séculos através dessa Criação silenciosa
Feita sem percerbermos, agradecermos, orarmos
Mas, feita para os que se foram, estão e irão
Constelações e buracos negros longínquos
Sem aparente razão e com Tua máxima vontade
Até para quem nunca ouviu falar
Tudo corre a Seu contento, seja aqui ou no firmamento
Entretanto, em nosso globo azul
Se visto de outra órbita, essa gente pequena
Cheia de resultados ou teoremas
Vazios de um pensamento que alcance uma melhor dimensão
A mim, que estou aqui também me curvo
Ao julgamento, ao ato pequeno, ao egoísmo extremo
Aos dissabores, que quase sempre não queremos
Bom, melhoremos!
Então, mesmo nessa lida, caminhada às vezes sofrida
Enquanto estamos, vamos consertando, caindo e levantando
Fazendo alguém sorrir, outros, chorando
Só erra quem tenta, copo meio cheio ou vazio, correndo como um rio!