Você se abre ou se fecha?

Não há tempo para comoção.

A chuva escorre, sangrenta.

Nos olhos a desilusão

De quem não sofre, lamenta.

Ferida aberta.

Um claro alerta

De que, não fizemos a coisa certa,

É quando o desespero aperta...

E então nos subjugamos, em troca de um alívio temporário.

Mas não há o que fazer nesse cenário,

Hostil e precário.

É como abrir um relicário de aflições,

De almas atormentadas

Por suas desafortunadas decisões.

É preciso se abrir,

Deixar partir...

Num ciclo sem fim.

É dar espaço para que outras dores possam surgir.

David Wanes
Enviado por David Wanes em 13/08/2019
Reeditado em 14/08/2019
Código do texto: T6719249
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