Você se abre ou se fecha?
Não há tempo para comoção.
A chuva escorre, sangrenta.
Nos olhos a desilusão
De quem não sofre, lamenta.
Ferida aberta.
Um claro alerta
De que, não fizemos a coisa certa,
É quando o desespero aperta...
E então nos subjugamos, em troca de um alívio temporário.
Mas não há o que fazer nesse cenário,
Hostil e precário.
É como abrir um relicário de aflições,
De almas atormentadas
Por suas desafortunadas decisões.
É preciso se abrir,
Deixar partir...
Num ciclo sem fim.
É dar espaço para que outras dores possam surgir.