Escotilha de Papel
Me perdoe tentar complicar,
Por favor, não me condene como louco
Por apenas deixar de gritar,
Mas se os dizeres acabam sendo pouco
Que escolha tenho, invés de poetizar?
Somos nossos versos;
Somamos nossos restos;
Tomamos caminhos diversos;
Ser poeta não é estar sempre certo.
Brincamos de invadir a própria essência,
Rabiscamos os motivos do que há incerto.
Almejamos ferir nossa indecência
Mostrando como sentimos esse universo.
Somos nossos restos
Que somamos em nossos versos
Às vezes tomamos caminhos certos,
Outras vezes, apenas escapamos do deserto.