CINEMA MUDO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

CINEMA MUDO - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros - à meia-noite e 12 min do dia 15 de setembro de 2019 do Rio de Janeiro.

Meu coração está no porto, a despedida

É iminente... o adeus não marca hora,

E eu só sei que, se a tristeza for embora,

A minha dor esquecerá cada partida.

Minha razão nem sempre aponta uma saída,

Mesmo escondida, eu percebo que ela chora...

E quando minha solidão a apavora,

Ela dilui-se em minha dor mais... dolorida.

Um pleonasmo é necessário, quando

a falta

De uma palavra não conserta uma ferida,

Por isso, a dor mais insistente e atrevida

Apaga as luzes que enfeitam a ribalta.

Sou o Carlitus de um velho cinema mudo,

Fazendo mímica de cada sentimento,

E quando o pano cai no último momento,

É que um piano silencia... ao fim de tudo.

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LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 15/09/2019
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