ESSAS DORES LIVREMETRICAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio

ESSAS DORES LIVREMÉTRICAS... Luiz Gilberto de Barros - Luiz Poeta.

Algumas vezes, meu amor - que é tão menino -

tão pequenino para um grande coração,

torna-se fonte e faz... de um pranto... cristalino...

um riso leve, divertindo a solidão.

Há, nos rumores inaudíveis do que eu choro,

uma cantiga tão antiga e comovente,

que só a ouve quem a lê, quando eu imploro,

sua emoção mais solidária ... e mais carente.

O intransigente eventual que me visita,

dirá : que tolo!... Insiste tanto no lirismo,

que não percebe que a poesia mais bonita

fica restrita à solidão do Romantismo.

Porém a dor mais livremétrica não brota

do raciocínio, cuja fisiologia

rabisca o texto com a lágrima e desbota

a epiderme de uma página... vazia.

É divertido rir dessa filosofia

impositiva,

pois se acordo do que e sonho,

a minha vida fica mais reflexiva,

e minha dor, já nem sei mais onde eu a ponho.

...

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LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 17/09/2019
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