Ausência de Contentamento

Qual O sentido da vida, afinal?

Me pego às vezes a perguntar.

Tantas vidas, tantos projetos, tantos castelos,

Ninguém pra morar lá.

Construímos fortalezas, castelos e cabanas,

Todos vazios, não estamos lá.

Gastamos nosso tempo construindo, buscando, elaborando, planejando,

Executando e corrigindo a execução.

Nunca estamos satisfeitos, nunca estamos contentes.

Em nenhuma só alma há contentamento.

Abrimos a vida, todos os dias, como se fosse um jogo de azar,

Na esperança de ganhar não sei o que

Pois tudo, logo que se chega, perde o sentido em si, não é mais,

E partimos ensandecidos em nova jornada, buscar sei lá mais o que.

Marta Almeida: 04/12/2019