Apesar dos medos, lutemos!

Tenho medo das estrelas não brilharem mais

Do sol não sair, não se por

E a lua não vir

Tenho medo da flora e da fauna

Não ter mais o que encontrar

Quando a janela eu abrir

Tenho medo da chuva cessar

Tenho medo da água do rio secar

Da fonte não mais existir

Da sombra não mais proteger

Das estações não mais distinguir

Tenho medo da mão viver presa

Do abraço não mais envolver

Do beijo não ser remetido

Do colo não ser mais dado

Tenho medo da dor do outro

Ninguém mais sentir

Ou nem ao menos querer saber

Tenho medo da avareza e ganância

Serem o impulso da mão

E o fanatismo

Ser a voz de uma nação

Tenho medo da amizade

Não mais ser regada

E a indiferença

Ser dos passos a estrada

Tenho medo, muito medo

Da esperança se esvair

Jogarem no ralo

E não se regaste, para não mais existir

Mas, além de todo esse medo

Dentro da gente não finda o amor

Esse medo ora tão versejado

É medo de se ter ainda mais dor

E virar apenas lamento

Se a gente não se atentar

Que o tempo sem ele jorrar

Definha qualquer sentimento

A chance que se tem ainda

Não pode ficar na berlinda

É preciso agarrar com unhas e dentes

E fazer desse medo o combustível da gente

É mais necessário ainda

Que a gente dê a mão

O beijo, o abraço apertado

O colo e a amizade sem distinção

Que a gente veja o ser

E não veja apenas o ter

Que olhe para dentro um do outro

Nem que se perca, para o outro crescer

Vamos tentar um novo começo

Neste mundo que o bem

Tanto carece

Com o tempo

Todo dia fazendo além

O mal, envergonhado, logo padece

E se a gente fizer ainda mais um pouco

Agora, sem deixar para amanhã

Esse medo logo diminui

Quando vê que o amor já flui

Temos que tentar

E se medo tiver ainda

A gente continua a lutar

É cada um dando a mão

Fazendo o melhor para si

Doando-se com empatia

A meta é viver em harmonia

E Jesus se sente feliz

Porque o amor que Ele tanto pregou

Aprendemos, mesmo por um triz

Que o amor é nossa força motriz.

(Cleônia)

Cleônia e seu Bornal de Versos
Enviado por Cleônia e seu Bornal de Versos em 26/12/2019
Reeditado em 26/12/2019
Código do texto: T6827157
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