JAZZ DE NATAL
Sempre ouvi, dentro de mim
um canto vibrante pela paz
solo solto, descuidado assim,
noutro compasso de puro jazz
O soluço de minha guitarra
sempre flerta a tristonha lua
o cio lá fora d`uma cigarra
seca a voz, monótona e crua
Bem sei que nada obtenho
nesses tempos sonantes, nada santos,
cântico de meu natal obsceno...
Mas deliro, arrojo o meu canto
aguda nota, delito de um velho blues...
que a banda, vivaz, toca tanto!