MARIA CRISTINA (III)

NÃO CHORO

OS AMORES QUE FORAM ETERNOS

ENQUANTO DURAVAM!

CHORO SEU AMOR,

CRISTINA,

INTERROMPIDO PELA MORTE,

SUA MORTE,

NÃO CUMPRIU O CICLO DE DURAÇÃO

ONDE NA ETERNIDADE ACABARIA,

ME DEIXANDO COM SENTIMENTOS

VAGANDO NO VÁCUO

DESTE INACABAMENTO!

PELA FALTA DO ACABADO

CONVERSO COM SEU FANTASMA,

E ÉS MARIA CRISTINA,

O BRILHO, O BELO BRILHO,

DE UMA ESTRELA MORTA

NO CÉU DE MINH'ALMA

QUANDO ME VISITAS DE SURPRESA,

MEU CORAÇÃO TE REVELANDO!

SEI QUE ESTE AMOR, COMO ETERNO,

SERIA ENQUANTO DURASSE,

O QUE É O NATURAL

NO CICLO DE TODOS OS AMORES,

NÃO FECHOU O CICLO, E ASSIM,

COMO PROMETEU ACORRENTADO

A NOITE, EM MEU SONO,

CURA-SE DA FERIDA,

MAS DURANTE O DIA,

JUNTO COM TEU FANTASMA,

MEU CORAÇÃO É DEVORADO

NÃO PELO QUE FOI, MAS PELA FALTA

DO QUE DEVERIA TER SIDO!

HOJE SEI O QUE É ESTE SENTIMENTO,

QUE NÃO IMPORTA O QUE SERIA,

MAS SIM O QUE CONTINUA SENDO!