A última poesia

A última poesia

Nos versos cansados repletos de poesia, nas mãos calejadas repletas de euforia,

Nos olhos a história cantando a sabedoria, na boca as melodias fortificando a maestria,

Nos dedos os caminhos que percorreram palavras fortes, nos papéis onde moram ensinamentos que trazem vidas e mortes.

E é na poesia que se encontra esperança, não importa se é velho ou se é criança,

Pois a forma mais bonita de dizer, é escrever o amor ou o amor escrever,

A poesia é música sem melodia, sofrimento com alegria,

A poesia está em tudo, em todo tipo de verdade, a poesia é todo tipo de diversidade.

Os cabelos brancos que cada um vale de lição, cada ruga no rosto que lembra uma missão,

Cada brilho no olhar, que lembra o desejar, de quem um dia jovem foi,

E o brilho que ainda brilha, de saber de quem ainda a juventude partilha, de não deixar a criança interior morrer,

E é assim que se constrói, a poesia que se compõe, passo a passo de viver.

Maria Fernanda de Araújo Dantas
Enviado por Maria Fernanda de Araújo Dantas em 14/02/2020
Código do texto: T6866083
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