PALÍNDROMO

PALÍNDROMO II

Independente do trajeto

Encontramos sempre o mesmo objeto

Pouco importa o caminho buscado

vai nos levar na direção daquilo a ser encontrado

Mesmo que comece pelo fim

Vai chegar no início no mesmo afim

Ou de trás para adiante

Porque independente da forma escrita é sempre semelhante

Não há como fugir do resultado

Como se tudo tivesse atado normal ou enviesado

Mais nada a ser definido

Porque em si carrega o que deve ser compreendido

independente por onde começa ser lido ou vivido

Tanto faz pela direita ou pela esquerda como é o caso " A aba do teto desaba" ou " Roma me tem amor"

Dois de Fevereiro de 2020 mesmo de trás para frente é independente o começo e o fim

Como o sol no alvorecer é o mesmo do anoitecer esperando novamente amanhã ele aparecer

No momento que está assim

Ninguém sabe dizer se é o começo do início ou o fim

Da natureza este belo palíndromo

contínuo que funde e confunde

A quem ele observa desaparecer

No mar contemplando e respirando a maresia

funciona aos sentidos como anestesia

Depois o dia mesmo quente termina como se fosse uma bela poesia

Em palíndromo sem rima mesmo para quem não " Ame o poema " , ameop o emA.

Jorge Claudio Cabral

Jorge Claudio Cabral
Enviado por Jorge Claudio Cabral em 15/02/2020
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