Guardiã

Levo o meu peito

Arfante

A língua umedece

Os lábios

Na face rubra que

Mancha o pálido

Nesse inerte

Labirinto paradoxal.

A vida não cansa

De brincar

Enfados destinos

Entre permitidos

Delírios tristonhos.

Se prostra sem

Essência

Dobras infinitas

Do tempo

Um improviso

Inesperado

Risos quentes

Beijam a malina

Tez da manhã.

Afagos de lágrimas

Frias.

E as borboletas

Bailam

Na suposta liberdade

De um jardim

Suspenso.

Guardiã das raízes

De tantas flores

Impedidas de nascerem

Sem cicatrizes.

Tantos homens gris

Na borda da brisa

De uma tarde cinzentas.

Daniel Gomez.

Dangomez
Enviado por Dangomez em 17/03/2020
Código do texto: T6889851
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