PRENÚNCIOS/ SÓIS POENTES, ERGAM-SE!
(Ps/497)


                    "É somente depois da morte que se faz a luz."
                                                                 (Raimundo correia)


Ao despedir-me do sol na tarde
Senti que outro sol declinara em mim!
Da janela, o voo leve das gaivotas,
Poentes, lilases e róseos, rasgam o Fim!
Essa hora que passa, abandonada e só
Trinca a vaga solta do mar que não cessa!
Pulsa forte, em mim, a vaga e o vasto mar!
No céu, clarões de aurora choram o Fim!
Ave-Maria, consonância divina e exata
No badalar da Hora, todos os Querubins!
Hora do declínio, do fascínio, ao Sim de Maria,
Hora pálida que reluz, ao Caminho sem Fim!
A tela vai escurecendo, borbulham as águas!
Recolhem-se em véus, alegrias e mágoas.
Na memória, pérolas em gotas de lua,
Sóis poentes marcam, longe, se desnudam!


Súplica:
"Sóis poentes e vagas do mar!
Rompam os laços, tirem esse jugo
sobre toda à terra que está sofrendo
de terror, diante dessa explosão
fatídica e incontrolável! "


















 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 19/03/2020
Código do texto: T6891326
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