IMPÉRIO DA INOCÊNCIA

Sorrateiro veio o estopim,

Quando então,em mil alardes,

Anunciou-se,ao som de flautim,

E fez-se de todos cedos tarde.

Línguas venenosas herpetológicas,

Veleidades afloram como ósculos,

Vulgaridades,futilidades mágicas,

Maledicências combustivas feito fósforo.

Mas a inocência traz em si paraísos,

(Doces conúbios, doces acalantares)

Onde hibiscos são sacudidos pelo vento,

Sai sempre ilesa de finais juízos,

Como rios a desaguarem nos mares,

Onde de ternuras todos fazem-se sedentos.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 20/03/2020
Reeditado em 07/04/2020
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