AREIA E PEDRAS

Roubaram-me as pedras

Com as quais eram construídos

Meus dizeres de amor

Afundei inteiro

Em areia movediça

Meus pensamentos caíram

Em um buraco negro

A paz que eu tinha

Virou bruma de inverno

Dissipada pelo sol

Quando o dia encorpa

E a minha mente

Tornou-se areia fina

Que tentei segurar com as mãos

Escorrendo nelas meus pensamentos

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23.03.2020

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 23/03/2020
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