QUARENTENA

Tantos quantos vivem sozinhos!

Às vezes esquecidos

Em seus próprios “ninhos”

Sem afeto, sem carinhos,

Pobres seres, envelhecidos!

Quarentena constante

Desde o instante

Em que são deixados

Na pior das solidões.

Sim! Estou pensando em todos os idosos

Que nestes momentos dolorosos

Buscam braços

E não encontram os abraços

Nos seus dias ociosos.

Felizes daqueles que são assistidos

E pelos seus entes queridos

São resguardados.

Dói-me no peito

Pensar no jeito

E na tristeza do olhar

De tantos idosos isolados

Abandonados

Sem os cuidados

De quem deveria amar.

Recorro ao poder do Céu

Que não deixe ao léu

Todos aqueles que um dia

Suaram o ‘chapéu’

Para criar os seus...

E que pelas atitudes

Destes mesmos ‘fariseus’,

Hoje, me fazem chorar.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 24/03/2020
Código do texto: T6895956
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