Nenhuma certeza
Pegou o voo direto para sua alma
Sem pausas, vírgulas ou interrogações
Não queria respostas ou mesmo questões
Estava ali pronta para viver
Vivenciar todos os sonhos
Ou, talvez, os planos...
Queria ouvir o barulho da vida
Aquele zumbido, zuimmm...
Um camelô grita dois por cinco
Dona Maria vendendo tapioca
Logo ali na esquina, água de coco
Sim... ali estava a vida
Resolvera que iria viver
Sabe... sentir o calor de vida das ruas
O gosto e cheiro de ser gente
Povo sofre, mas vive!
E por quê?
Não sabia, não tinha respostas
para quase nada
Verdades são gaiolas
A certeza se desfaz no ar
diante da realidade posta
Sabia que cedo tomou seu café
Teria sido com açúcar?
Talvez... Talvez...
Queria uma vida forte como o café
Queria a leveza desse povo que vive um dia
de cada vez.
Acorda menina! O mundo não é poesia
O café sem pão, não tem sustância não.
E agora? Comprar pão? Sem dinheiro? Não tem como não.
Adoçaria seu café com fé
A fé que conduz a vida que se vê em cada esquina.