Factual (?)

É certo ser o poeta um fingidor

Fingir, em belas letras o amor

Amar, ao despertar desatinos ...

Mas esses, desacertos do sentir

É certo, das letras fluírem palavras

E destas, intensos, sensíveis versos

Versam, nos parágrafos, os da vida...

Mas soçobram, ante seus (ar)dores

É certa, se é deslumbrante a poesia

A que desatina, quando transcende

E, metafísica, à memória se funde...

Mas inebria, além do assentimento

A eloquência, no tecer da poesia

A que tira dum exílio tanto sentir

Nos seduz pelo cerne, o do poeta...

E da sua verve, uma etérea prisão.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 01/05/2020
Reeditado em 02/05/2020
Código do texto: T6934218
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