trechos e contextos

Essa história poderia começar no ensino médio, numa praia. Talvez num Cruzeiro, num aeroporto ou quem sabe em um cemitério. Mas não, essa narrativa simplesmente começa. E o local não tem muita importância.

As vezes nos sentimos num BBB e tudo é novo e nos permitimos ser inseguros. Somos muito inseguros.

Acordar mais um dia é uma tarefa extremamente radical. Mas temos esse poder de criar monstros e de detê-los. Porque pensamos demais e nossas mentes são um poço de imaginação criativa. Ora positiva ora negativa. Assertiva, fria e calculista. Um turbilhão de coisas. Que nos deixam "coisados".

Numa situação onde você é o único que sabe realizar tal tarefa. O que você faria ?

Bem, muitos se escondem. Ficam observando se alguém mais vai aparecer. Se já se resolveu só. É assim , em muitas ocasiões.

Além de pensar demais nós também tememos muito. Ajudar alguém? - Meu Deus que responsabilidade- Que tesão- O que eu faço?

Era tão fácil apenas ir e ajudar. Mas não, nossa psique tem de nos dar agulhadas e gerar um montão de dúvidas. Até mesmo quando a ação é boa.

O medo é veterano em nossas vidas e não sabemos lidar com um bocado de situações. Sejam agradáveis ou não.

Costumamos a nos apegar a certas marcas que não nos pertencem. Amamos a dor e esquecemos o amor. Esquecemos quem nos ama. Amando quem nos desgasta.

Viver é um processo surreal que exige equilíbrio. Entretanto, tem momentos que não tê-lo, vai ajudar bastante. É muita modernidade e pessoas auto-suficientes.

Um castelo de decepcionados achando que qualquer pessoa chega para somar.

Que qualquer pessoa esta disposta a voar consigo. Ou que qualquer pessoa pode nos compreender.

Não é bem assim. Se fosse simples ninguém escreveria auto ajuda. Talvez não houvesse depressões. Talvez o clima fosse bom e agradável a todos.

Vivemos nos policiando para não ingerir calorias. Porque fazem mal. E soltamos a língua para falar e julgar as pessoas. Maldizer a família, amigos, o ex, o patrão.... o leque é grande.

De uma hora para outra nos encontramos no chão. Sem chão. Sem palavras. O pensamento lá longe e muitas vezes sem nexo. Sombrio ou sem nada. Numa aventura descontente e nada amigável.

E quando não encontramos o tamanho de sapato adequado. Ou quando os provadores estão cheios ou a fila do banco tem três direções. Nós travamos uma batalha terrível. Tentando aceitar aquele momento. Mas é impossível muitas das vezes.... E a gente EXPLODE!

Eu quero dessa cor, quero daquela, quero essa com aquele tamanho, quero aquele tamanho com as duas cores. Quero café com adoçante. Não quero jantar. Quero ir ao cinema. Quero um emprego. Quero que você saia. A palavra é QUERO. Na maioria das vezes a gente só quer e não sabemos se as pessoas podem. Se eles também querem.

Somos exigentes e incapazes de aceitar um NÃO. Não quero , não posso, não vai dar certo. Em certos momentos forçamos respostas positivas para que nosso ego não caia.

E a nossa incapacidade de aceitar a felicidade dos outros? Essa é a pior !

Só de imaginar chega me arrepio. Eita coisa danada. Acredito que você não é uma dessas pessoas. Ou é?

Se for, espero que comece a mudar isso. Porque só te atrasa. Só tira a tua felicidade. Tira a tua saúde. Estar feliz com a felicidade do outro é quase uma terapia.

Você também é capaz de conseguir tudo. Mas tudo tem seu tempo. Boa parte das coisas só vem a partir de muito esforço. E depois desse enredo que todo mundo fala . Eu te digo. Eu ainda não vive muito. Mas uma coisa é certa.

Ter mais atitude, ser feliz com a felicidade do outro e ligar o foda-se. É algo inexplicável. Como tenho escrito : Só você pode ser você. Não se imagine no lugar do outro (falo de forma interesseira, com olho gordo).

Pois não leva a lugar nenhum. Essa atitude só te deixa bem lá atrás.

E é isso.

Tantas situações na vida nos deixam pensativos. Temerosos, em cima do muro , em êxtase.

Buscar ser aceito é um complexo bem complexo. As pessoas deveriam ser compreendidas, amadas, ajudadas e "não aceitas".

Ronaldo Crispim
Enviado por Ronaldo Crispim em 12/05/2020
Reeditado em 08/02/2021
Código do texto: T6944908
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