QUEM SOMOS NÓS

Quem somos nós, senão um cavalo selvagem que por muitas vezes desobedece às rédeas da razão,

E quem somos nós, senão uma fênix que renasce insistentemente contrariando as feridas de um coração,

Somos feitos de medos e desejos,

Segredos e apelos,

Aquele que em um instante pode desacreditar,

Mas que bastam algumas estrelas para os olhos fazer brilhar,

Somos dois lados de um mesmo ser,

Um “nós” totalmente estranho e um outro que julgamos conhecer,

Somos corpo, alma e espírito,

Somos coerência e instinto,

Viemos de rumos que o “ser” não planejou,

Seguimos com marcas na pele de quem muito viajou,

Chegamos até aqui...

Mas para aonde prosseguir?

Somos viajantes no tempo, do tempo, que não nos permite parar,

Somos aqueles que seguimos sem tempo de descansar,

E a vida pode ser o sopro de um instante ou longo caminhar,

Para vencer as algemas dos medos e desejos, basta acreditar e continuar,

Porque não há ferida que consiga nos calar quando não perdemos a capacidade de amar,

Mas quem somos nós, senão um cavalo selvagem que por muitas vezes desobedece às rédeas da razão,

Mas quem somos nós, senão uma fênix que renasce insistentemente contrariando as feridas de um coração.