VIDA

Se a vida te pedir que cave

Então enterre.

E se a vida te pedir que berre

Não erre!

Cave bem fundo

E com um grito, encerre.

E o que a vida te exigiu

Com esse teu jeito decidido,

Em nenhum momento esmorecido

Você o fez

Porque a vida te pediu.

Os passos que tu destes, errados,

Não foram de todo, estragados.

O momento era incerto,

E você pensava em fazer certo,

Quando errou.

E quando teu “teto” desmoronou,

O importante é que você se acordou

E se refez.

E quando a vida te pediu mais uma vez

Enquanto ela vinha com dois...

Você já ia com três...

Não se arrependa do que fez,

Quando pensou em acertar.

Porque só aquele que insiste em errar

Sentirá essa dor mais uma vez.

Dos dias bons não se zomba.

Quem insiste tomba

E bamba para dias maus.

Pois, quem não sabe viver no dia bom,

Nunca saberá chegar ao tom

De uma bela canção de amor.

Não deixe o dia ir embora

Sem que tu saias lá fora

A agradecê-lo,

E demonstrar o seu zelo

Por cada segundo e cada hora;

E diga: vá com minha alegria

E o meu prazer em vivê-lo.

Feche os olhos, pense em Deus,

E o pergunte: meu Deus.

Quantos dias eu ainda tenho?

E Deus, responderá: meu filho.

Em quinze mil dias, vi teu desdenho,

E se Eu me empenho

A dar-te mais um dia,

Choraremos juntos, numa agonia,

Você ainda perdido

E Eu a te procurar.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 15/06/2020
Código do texto: T6978172
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