Como se...
Como se todos fossem iguais!
Como se no jardim fossem todos flores...
Como se não houvessem arbustos.
Como se não houvessem folhas caídas,
desconsideravam-se as flores já mutiladas...
Ou como se as flores fossem todas rosas,
Ou se todas as flores tivessem as mesmas defesas das rosas...
Como se todas recebessem o mesmo adubo,
Como se não houvessem diferenças,
e como se não houvesse igualdade...
Assim também passou por essa terra um invisível
que deixou visível seu rastro mortal.
Visível também como fomos tratados
enquanto vidas de um mesmo jardim cercado,
e no chão de nossa bandeira em verde,
seu amarelo a reluzir como um Sol,
estampado um azul de espécie rara,
se troca o brando branco da paz
pelo preto do luto num despojamento total.