SEPULTURA

O homem cavou um buraco

E nada plantou

Sua força acabou

Sua alma

Sonho nenhum gerou.

Os anos foram imperdoáveis,

Rastros de destruição

Visíveis

Causados pela apatia

E covardia.

O medo de lutar

Desanimou o homem

De ver um lindo dia.

Os anos não foram de gozo,

O homem cavou um poço

E chegou no fundo do poço

Vida de osso

O desânimo o tornou franzino,

Viu seu sonho pequenino.

Na igreja

Ouve - se a tocar o sino.

Era a missa de sétimo dia

Do homem que cavou a própria sepultura.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Poeta Alexsandre Soares
Enviado por Poeta Alexsandre Soares em 07/07/2020
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