SEPULTURA
O homem cavou um buraco
E nada plantou
Sua força acabou
Sua alma
Sonho nenhum gerou.
Os anos foram imperdoáveis,
Rastros de destruição
Visíveis
Causados pela apatia
E covardia.
O medo de lutar
Desanimou o homem
De ver um lindo dia.
Os anos não foram de gozo,
O homem cavou um poço
E chegou no fundo do poço
Vida de osso
O desânimo o tornou franzino,
Viu seu sonho pequenino.
Na igreja
Ouve - se a tocar o sino.
Era a missa de sétimo dia
Do homem que cavou a própria sepultura.
( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)