Olhando para o vazio

Vive para alcançar, vive para amar,

vive simplesmente, grandemente!

Mas desaparecido dentro de mim,

na andança do tempo percorrido

no cansaço de respirar, pus a pensar,

contudo, não há mais a lembrança

tudo se foi e, a noite está escura

no Sol de meio-dia, não a luz.

Quem é este que se chama "eu"?

Parece que tudo se foi,

ou simplesmente não aconteceu,

não nasceu, não cresceu e

será que morreu, ou viveu…

Paro e olho para o vazio,

outros olham para mim,

me perguntam: - Quem és?

Prossigo quieto, em silêncio, parado,

com medo do vazio do meu ser,

tudo perdeu o sentindo para mim,

tento ver o céu para saber do meu ser,

as nuvens do céu da minha cabeça

se desfazem tão rápidas que

não vejo nem os bichinhos formados.

Demônios e anjos, espinhos e flores,

não diferencio mais, em silêncio grito

quem vê meu sorriso; vê minha lágrima?

Queria ser o quê me lembro,

continuo parado olhando para o vazio

tantas cicatrizes… sinal que curaram…

Estou em augusta e perene dor,

meus pés deveriam ir, mas para que lugar?

Ouvem o meu silêncio, estou indo embora,

estou saindo de mim e, não sei retornar

queria uma mão amada para me guiar,

estou olhando para o vazio, para o nada,

mas não me lembro mais de mim.

Douglas Stemback

Douglas Q Stemback
Enviado por Douglas Q Stemback em 07/07/2020
Código do texto: T6999236
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