Monólogo
Quando a alma...
descontrola, extrapola,
há um grito enroscado,
paralisado na garganta.
Como as lágrimas de boteco,
que rolam envergonhadas,
caladas, sem som, sem eco.
Lágrimas...
expressão ativa da dor,
animal acuado!
Onde hoje sou a caça,
a vida...o caçador!
O “eu”, pulsa
briga, se levanta.
Te diz: _Vai! Vai! Vai!
Ir de que jeito?
Se trago aqui no peito
uma arapuca preparada,
evasiva, dissimulada.
Então!
A vida, só tem defeitos?
Subconscientes malfeitos?
Não!... A vida
tem raça! Tem fibra!
Ainda que dolorida,
é no tempo,
que encontrarás a cura
e toda beleza escondida!
No tempo...
desafios, aprendizagem.
O sucesso?
Depende...
Depende de Deus, da fé e da coragem.
Se no momento
te sentes só ou enfraquecido,
agradeça pelo aprendizado!
Dele colherás sabedoria,
um rastro de harmonia
será o seu legado.
Escuta!
Pare!
Pense!
Ouça o que a vida te diz!
O futuro subjuntivo,
incerto.
Hoje...
Vai ser feliz!