28 de Março

Amor viera-me tarde e proibido em sua forma de viver

Talvez por ele houvesse passado, mas nunca a reconhecer

Maldizei o gim que agora me acompanha a noite

A lembrança de meu amor um açoite na escuridão

Louvo a Dante em seu inferno, a procura de redenção

Pois meus pecados atingem minha fé, queimando-me em perdição

Ardente são as labaredas que queimam a carne dos amantes

E minhas juras são ouvidas em gritos, apaixonados e angustiantes

Uma loba uiva a lua, abandonada por sua alcateia

Em seus olhos toda a tristeza do mundo e amor inflama

E atirando-se nas águas, esconde seu medo da plateia

Não és frigida, não és amarga, é apenas sincera

E dividida entre ter os pés a terra e o pescoço sob o ar

Meu corpo s mantem completo, porém meu ser continua a sangrar

Amaldiçoada a deidade que condena o espirito a forma

Pois sua criação é falha, e ama, e julga e indiferentemente mata

Sueli Zubinha
Enviado por Sueli Zubinha em 18/07/2020
Código do texto: T7009829
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