Espantoso estamos indo a lugar algum



I
Por um momento quase que por encanto percebi que o humano tinha perdido o virtuoso mistério.
É inegável que passamos por um processo de evolução, apesar da sensação de que nunca nos consumimos tanto.
Entretanto, por mais que seja duro o meu espanto, aonde, e a que fim chegou o evoluído ser humano?
É certo que houve enriquecimento, corriqueiramente na bolsa de valores, já em termos de valores, desapareceram, foi um quebranto.
II
Meu pensamento pode até lhe parecer estranhamente sem encanto, pareço descrente, negativamente em desencanto.
Sim, pode ser que minha crítica à lógica material seja desmedida, imprecisa, quase que por dor com saudade da à antiga.
Peço que me interprete com visão apurada, que sentido se pode dar ao tempo, ao semelhante, em nosso atual estilo de vida?
Não ter tempo para pensar, conviver e conversar, é este o real sentido, ao que damos guarida.
III
É fato inconteste que consumimos tudo sem processar, perdemos a noção dos nossos sentidos.
Os bovinos ruminam e ruminar tem um sentido.
Que sentido estamos empregando as nossas utilitárias vidas? Não ter em que pensar.
IV
A filosofia é uma antiga amiga, ela continua amando, é os humanos parecem em nossos dias odiar a filosofia.
De onde, para onde, quando e como estamos indo?
Veja, só consigo vislumbrar uma resposta, neste instante, a lugar algum.





 
Hércules Azevedo
Enviado por Hércules Azevedo em 24/07/2020
Reeditado em 24/07/2020
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