Ultravulnerável

Quando eu fiquei sabendo disso,

Não sabia o que poderia fazer.

Então assumi um compromisso

Para não deixar você perecer.

Estava distante e desesperado.

Sozinho, à míngua, e sem crer.

Estava de coração despedaçado.

Quebrado, sem ter o que fazer.

Às vezes se sentia sozinho,

e muitos nem se importavam.

Eles não se importavam.

Trancados em seu mundinho,

de tudo eles desdenhavam.

De tudo eles desdenhavam.

Você chorou e ninguém ligou.

Você caiu e ninguém o levantou.

E então vem à mente o dia,

o último dia em que lhe vi

junto à sensação de covardia,

E logo após eu percebi...

Eu deixei o medo tomar conta.

Eu deixei o medo me tomar.

E então vem à mente o dia,

o último dia em que lhe vi

junto à sensação de covardia,

E logo após eu percebi...

Eu deixei o medo tomar conta.

Eu deixei o medo me tomar...

E ele não deixava eu me soltar.

Eu não conseguia me soltar.

Os dias então foram passando,

tudo parecia se recuperar.

Mas o medo atormentando,

parecia não deixar descansar.

Estava longe e desolado.

Sem ninguém para algo ler.

Estava de coração quebrado.

Só pensando em não morrer.

Às vezes se sentia sozinho,

e muitos nem se importavam.

Eles não se importavam.

Trancados em seu mundinho,

de tudo eles desdenhavam.

De tudo eles desdenhavam.

Você chorou e ninguém ligou.

Você caiu e ninguém o levantou.

E então vem à mente o dia,

o último dia em que lhe vi

junto à sensação de covardia,

E logo após eu percebi...

Eu deixei o medo tomar conta.

Eu deixei o medo me tomar.

E ele não deixava eu me soltar.

Eu não conseguia me soltar.

E então vem à mente o dia,

o último dia em que lhe vi,

junto à sensação de covardia,

E logo após eu percebi...

Que o medo não podia me tomar

Percebi que... que o medo...

O medo não podia... ele não ia...

Não ia me tomar... o medo não ia...

Ele não conseguia mais me tomar.

Jonathas Rodrigues

2020 - Extralternativo.