Sem planos

Ventos levam; ventos trazem

E grandes mudanças nascem;

Sementes de orquídeas roxas.

Ventos trazem; ventos levam

Sentimentos que iludem; cegam;

Até que a estação seja outra.

E quando já se é outro;

Fruto de mortes necessárias,

Algumas portas permanecem fechadas.

Diferentemente dos ventos,

Que direcionam a reflexões,

Alguns caminhos já não levam a nada.

No vai-vem de possibilidades,

A corda é visivelmente bamba

Aos que nela ousam andar.

Assim como louca gangorra,

A vida, feita de altos e baixos,

Ora fria casa, ora doce lar.

E o que já não se é

É visto andando a pé;

Sem rumo por estradas perdidas;

Mas uma vez que as horas,

São donas do imprevisível,

Não há botão que adiante a vida.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 30/07/2020
Reeditado em 31/07/2020
Código do texto: T7021649
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