LADRÕES DE CASTELOS DE AREIAS
 
Escancaram as bocas,
Falam coisas maldizentes,
Satisfazem com as injustiças,
Sarados mais ainda doentes.
 
Os lábios cheios de ódios,
O cheiro que atrai a morte,
Vazios que não se completam,
O tempo é um sinal de alerta.
 
Armadilhas que prendem os outros,
Ciladas armadas com os olhos,
Sem piedade com os que padecem,
Perseguem os caminhos dos que não

 
 Escarnecem dos que são honestos,
Alimentam-se das falhas alheias,
Como palhas ateiam mais fogo,
Como pragas destroem o todo.
 
Lobos que se misturam com as ovelhas,
Sorriso largo ao pé da orelha,
Farejam de mansinho suas presas,
Ladrões de castelos de areias.
 
Mãos salpicadas de sangue,
Falsas palavras cheias de promessas,
Lançam medo e terror a própria sorte,
Rompem sonhos, pensamentos e vidas.
 
Rastros de destruição a luz dos olhos,
Maquinam o mal todos os dias,
Não querem o bem do próximo,
Alcançam o patamar na covardia.
 
O beijo da traição exposta a todos,
Dragões que surgem no meio do asfalto,
Luta pelo poderio econômico a ruína,
São as faces escondidas em meio à latrina.
 
Barões do capitalismo do absurdo,
Mansões construídas debaixo dos panos,
Nadam em dinheiro da politicagem,
Envergonham o país com a malandragem.
 
Ratazanas que se alimentam dos podres,
Infiltram as portas da ganância,
Corroem estruturas planejadas,
Urubus que moram no Palácio da Alvorada.
 
O câncer da corrupção incurável,
Campanha de hospitais idolatrados,
Milhões nos bolsos dos favorecidos,
O pobre ficando mais pobre e o rico Ficando mais rico.
 
A cara nua do descaso alheio,
Caminho da luxúria e injustiça,
Corjas de assaltantes desarmados,
Opressores de milhões de desempregados!
 
 

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 20/08/2020
Reeditado em 23/11/2021
Código do texto: T7041126
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