Finitude
Se no espetáculo da vida
Mantiveres tua existência
Opaca, num palco sem Luz,
- uma visão turva -
Tateando pra longe dum lumiar
As Estrelas navegam perdidas
Sem vida, ofuscadas, sem cor
Sem nada... um Universo finito.
Findam-se esperas, esperanças
O combustível não mais inflama
(e o que foi chama, se apaga)
A magia dissemina em mágoas
A lucidez se desfaz entre afãs
Os afãs suprimem a presença
E os aplausos, esses, não vêm:
Pois que cerram-se as cortinas...
Findo um show, que nem começou.