Sentimentos cristalizados ...

Envolvidos em nossas tarefas mundanas,

não percebemos

a cristalização de nossas consciências.

Não enxergamos a "dor do mundo,"

e vemos a humanidade, como criaturas transparentes.

Na agromeração dos sentimentos,

não compreendemos o quanto é vital,

olhar para dentro, desobstruir os canais egocêntricos,

tornar viável nosso tráfego interno.

É urgente ligar nossas conexões,

entender que elas precisam de curto-circuitos,

raios, relâmpagos e trovões,

para assustar nossos sentimentos,

com objetivos que extremeçam e acendam,

nossa chama interior,

apagadas pelas paixões cotidianas.

Algumas enfermidades,

como doenças imaginárias,

fraquezas,

inferioridades,

autoestima,

e até nossas paixões mais obsenas,

são provocadas por metáforas retesadas.

Tão profundas,

que mergulhos superficiais não seriam capazes de capturá-las,

teríamos que viajar para águas mais fundas.

Em oceanos selvagens e desconhecidos, talves lá,

diluamos nossas paixões inferiores.

Regressando mais conscientes da travessia,

estaremos mais presentes,

ouvindo nosso grande silêncio interior.

A cura,

o olhar,

o verbo viver,

o elixir divino,

o toque, o sentir ...

a libertação das palavras.

religar o voo perdido,

ao desconhecido, se lançar.

agradecer, pela cura, pelo retorno.

Diariamente dialogar com o angelical,

Afasta a

alma das sombras.

- Helena Huback -

Helena Huback
Enviado por Helena Huback em 15/09/2020
Reeditado em 15/09/2020
Código do texto: T7063431
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