Sentimentos cristalizados ...
Envolvidos em nossas tarefas mundanas,
não percebemos
a cristalização de nossas consciências.
Não enxergamos a "dor do mundo,"
e vemos a humanidade, como criaturas transparentes.
Na agromeração dos sentimentos,
não compreendemos o quanto é vital,
olhar para dentro, desobstruir os canais egocêntricos,
tornar viável nosso tráfego interno.
É urgente ligar nossas conexões,
entender que elas precisam de curto-circuitos,
raios, relâmpagos e trovões,
para assustar nossos sentimentos,
com objetivos que extremeçam e acendam,
nossa chama interior,
apagadas pelas paixões cotidianas.
Algumas enfermidades,
como doenças imaginárias,
fraquezas,
inferioridades,
autoestima,
e até nossas paixões mais obsenas,
são provocadas por metáforas retesadas.
Tão profundas,
que mergulhos superficiais não seriam capazes de capturá-las,
teríamos que viajar para águas mais fundas.
Em oceanos selvagens e desconhecidos, talves lá,
diluamos nossas paixões inferiores.
Regressando mais conscientes da travessia,
estaremos mais presentes,
ouvindo nosso grande silêncio interior.
A cura,
o olhar,
o verbo viver,
o elixir divino,
o toque, o sentir ...
a libertação das palavras.
religar o voo perdido,
ao desconhecido, se lançar.
agradecer, pela cura, pelo retorno.
Diariamente dialogar com o angelical,
Afasta a
alma das sombras.
- Helena Huback -