ANDARILHO DAS VEREDAS

Nada que vejo me pertence

Nada sonho ter, sou invisível

Um ser baldio,

Insípido, obscuro

Caminho pelas pegadas das pedras

Onde a natureza carbonizada,

Não sei por que,

Poupou uma flor do extermínio

Não ligo para quem me critica

Impudente, tomo mais um dia

Emprestado do futuro

Minha dívida é imensa

Ainda escrevo em meio aos grafites

Nos muros sujos da cidade,

O nome dela, anonimamente

Com medo de ser descoberto

Não me apetece mais

Sentir-me útil e aceitável,

Meu espírito desenganado

Apenas precisa de amor!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 21/09/2020
Reeditado em 02/09/2022
Código do texto: T7068394
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.