Abismo abismado

Vivendo no limite do medo

Que me faz acordar cedo

E fitar o abismo da aflição

Que me suga toda emoção

É tão fácil não se importar

E tão difícil continuar a lutar

Observando desse ponto

Nem parece que vivo no confronto

Entre viver e não viver

Entre o ser e não ser

Ao final escolho apenas existir

Pois da existência não posso fugir

Pedem me para prometer,

Seduzem-me a ceder

Não há maior agonia

Do que aquela que me causa alegria!