Quebra-cabeças
Conhecer-se é encanto;
É prazer e espanto;
Desilusão de si mesmo.
É saber-se espelho
Do que deixa vermelho
No rosto, fogo e gelo.
Conhecer-se é gangorra;
É estar numa gaiola
Com as asas quebradas.
É se deparar com muros
Acreditando-se seguro
De alguma dor celebrada.
Nem sempre sol;
Nem sempre dia nublado.
Às vezes dia chuvoso
Que a terra perfuma.
Palavras de perdão;
Ensaios de "nunca mais"
De tantas novas rotinas;
Seguidas, nenhuma.