Soneto da isolação
Vivendo na angústia do isolamento
Tempo efêmero e apressado
escorre pelas minhas mãos
suadas, trêmulas e desconcertadas.
Gritos sufocados no âmago,
Pensamento apressurado e embaralhado
Boca seca e coração acelerado,
já não sustentam mais tal confusão.
Todos gritam “Ele não”
Mas isso não exclui o caixão
Vidas se foram em vão,
E já não voltarão.
Ansiando calma e poesia.
Já não sabemos ao certo o que será,
Mas nada mais como outrora
Nos resta perseverar e aturar.