E se a fonte secar?

É... E se a fonte secar?

Não sei bem como começou,

onde foi que eu apertei, que isso ligou?

Sei lá... Mas tenho medo desse negócio desligar

E se parar de funcionar?

Se o estilo mudar,

Se perder a essência da coisa

E se tudo desembestar?

Se de repente eu me cansar

Se eu desanimar... Se resolver parar

O pensamento não mais fluir

E deixar de ouvir, o sopro que me faz inspirar

Não seria terrível? Será que isso é possível?

Uma habilidade tão bonita, por que haveriam de me tomar...?

Se tomasse, como seria? Será que iria me acostumar?

Talvez sim, mas no fundo, acho que não

A poesia nunca deixa existir, estará sempre por aí

Principalmente, para os simples de coração

Para que haja equilíbrio no mundo, precisamos

dos mais centrados, dos menos emocionados,

Que encaram a vida, com um pouco mais de razão

Mas não voltarei a ser um deles...

Uma vez que se mergulha fundo e se afoga no mar da arte,

torna-se quase impossível, respirar cem por cento, a realidade

Creio que sempre serei, pelo afeto, um afetado

Que enxerga tudo com sentimento, um doido desvairado! Exagerado.

Minha alma de poeta, tendo subitamente despertado

Serei sempre o romântico incorrigível, o eterno boêmio apaixonado.

Um Eu Lírico Bêbado
Enviado por Um Eu Lírico Bêbado em 08/11/2020
Código do texto: T7106834
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