Sem rumo

Nesses últimos anos,

Vi que preciso arriscar

Sem me importar,

E recebo bem os danos.

Estou em uma busca

Só para me encontrar.

Não lamento de desistir

De tudo aquilo que amo!

Mais uma vez sem saída,

É confuso...

Não sei se os erros tem um fim,

Enterro meu cadáver

Ao mesmo tempo

Em que planto

Uma flor no meu jardim.

Não preciso de mais razão,

Cansei da aceitação.

Eu só sabia fugir,

E agora quero deixar

Essa angústia fluir.

Me sinto destruído,

Fábulas me consumiram.

Não sei quando,

Mas um dia

Será o fim da linha.

É tão difícil me satisfazer,

Sei que estou perdido.

É quase impossível

Escrever outra linha.

Viver sem propósito,

É uma doença pra quem

Diz ser tão metódico.

Meu mundo é tão pacato,

Que não suporto

Olhar de novo pro relógio.

Tudo é tão normal,

Que não consigo enxergar cores no pecado.

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 14/11/2020
Código do texto: T7111771
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