Consciência Negra

Um alvo no peito

A mordaça nos lábios

O vermelho na face

De uma pele marcada

São antigas algemas

Correntes de alforria

Entre a voz e o desejo

De fugir dessa sina

Um passado que fere

Pois não finda, se segue

É na face, na pele

Que essa vida repete

É o cabelo arrancado

A opressão do trabalho

É o sangue lavado

Sobre os corpos no chão

Esse dia mais fere

E esse dia persegue

Só espero do peito

Que depois desse medo

Eu não seja o próximo a morrer por ser negro

Maicon Lopes
Enviado por Maicon Lopes em 20/11/2020
Código do texto: T7116603
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