Consciência Negra
Um alvo no peito
A mordaça nos lábios
O vermelho na face
De uma pele marcada
São antigas algemas
Correntes de alforria
Entre a voz e o desejo
De fugir dessa sina
Um passado que fere
Pois não finda, se segue
É na face, na pele
Que essa vida repete
É o cabelo arrancado
A opressão do trabalho
É o sangue lavado
Sobre os corpos no chão
Esse dia mais fere
E esse dia persegue
Só espero do peito
Que depois desse medo
Eu não seja o próximo a morrer por ser negro