Mundo novo

Na inquietude desse mundo novo

De esperança vacilante

E questionáveis bandeiras adiante

De roupa nova para sonhos banais

E roupagem rota para os essenciais

De ideologias incoerentes

E certezas não tão atraentes

De grito de paz camuflando gente

E luta sufocada implodindo a mente

De martelo sectário punindo os normais

E venda desatada para seus iguais

De mentiras mil vezes insistidas

E verdades quase nunca repetidas

De esvaziamento da defesa fundamental

E que promove a morte com sinal boçal

Neste atordoante mundo novo

Já que é impossível se adaptar

Sem instrumentos para transformar

O faz de conta fermenta o pão

Sacia a sede a fonte da ilusão