Fragmentos / Sombra e Luz
Yin e Yang
Bem e mal
A dualidade recorrente
Dos lábios ao papel
Do papel ao papiro
Passado
Presente
E predefinição
Chamada de futuro
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É difícil saber qual a sensação da luz
Quando se é colocado sem escolha
Diante dessa escolha
Para o iluminado
Ou para o desalento
Para o nublado
Ou para o ansioso
Para o que tudo vê
E para o que nada enxerga
Essa luz nunca será a mesma
A luz, que a um faz vê, também cega
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E de passo em passo
Percorrendo a sombra do espaço
Eu me mostro em multidão
Não como se destaca o sol
Nem como se proclama os planetas
Pois até a menor das estrelas
Sobre o céu noturno
Se faz grande labareda
A luminária de céu escuro
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E talvez sombra e desejo
Como também luz e escuridão
Não são só opostos distantes
Não são só oposição
Somos meros grãos em balança
Esperando que em uma medida
Venhamos a cair
E se no fundo, no fundo
Fossemos não a medida
Mas quem coloca o peso onde quer seguir