DESERDADO

Foi andando muito lento

e meio indeciso, em dúvidas,

mas, era esse o caminho .

Vezes , outras aventuras

em tentativas frustradas,

nasceram corte e calos

voltando-o de novo à estrada.

Noites , assombradas

no sem limite da insônia,

vive na nudez completa,

nos careceres dos dias,

todo perdido no tempo,

sem ter uma alma que o guie.

Acorde ! O Sol que traz brilho

canta em cores nos seus olhos,

bela criatura minha !

Deserdado, foi jamais

e estou neste seu caminho

estendendo-lhe a mão !

Sou sua face que chora

e jamais irei embora,

deixando-o na escuridão !