UM LIXO NO LUXO

Sentado num luxuoso sofá
Observava o vazio da sala
E o silêncio era barulho.
Olhava as roupas caras ao corpo,
O glamour da casa e dos móveis
E um vazio no peito.

E a riqueza não arrancava sorriso
E ficou claro do que era preciso
Para sorrir,
O ápice não era somar e sim, dividir.

Um lixo no luxo
Esse era o reflexo no espelho.
Há riqueza que é nobreza!
Porém,
Há riqueza que não passa de pobreza.

E a partir daí,
Revestiu-se de ações
De boas ações
E descobriu-se rico
Rico de bens imortais.
                             Ênio Azevedo



 
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 03/03/2021
Reeditado em 03/03/2021
Código do texto: T7197492
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