Desassossego e calmaria

O meu desassossego às vezes procura

Em teu olhar a necessária calmaria

Pois viver inconstante assim é loucura

E o coração se farta de tanta agonia.

Os olhos convidam ao anestésico abraço

E no conforto deste colo que acalenta,

Do desassossego, sem luta, me desfaço,

Pois ele à alma nada de bom acrescenta

Vejo, então, o teu sorriso, que me enfeitiça

E me entrego, desarmado, ao descanso

Nestes teus braços de aconchego manso.

Mas as nossas emoções são areia movediça

Por isso ofereço um pouco dessa inquietude

Pois a calma plena é coisa que à vida ilude.

Cícero – 09-04-21

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 09/04/2021
Código do texto: T7228191
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