Ciclos

Ciclos
A dor pode trazer o mar da revolução.
Ondas ordenadas emaranham o intelectual, o emocional, o estrutural, o psicossocial aquebrantando os elementos da natureza.
Nas estruturas petrificadas das incompreensões, as amarguras das certezas;
Nas estruturas apiladas das sepulturas, a morte da esperança;
Nas estruturas contaminadas do ar, as gotículas que irradiam as maldades;
Nas estruturas imperiais dos metais, vidas ceifadas, guilhotinada, perfuradas, executadas;
Nas estruturas dos fogaréus, as honras são lançadas em forma de desonra.
Que país é este que no balanço das águas contamina a si com sangrias dos inocentes?
Eu sou, Tu és, Nós somos a natureza.                                             
Arco-íris, socorre-nos das sombras da ignorância e das ilusões efêmeras.
Em mim, suplico aos Céus as asas da liberdade, afastando-me da dialética vazia.
Em mim, clamo aos Céus as chuvas que trazem a paz, a união, a gratidão, afastando-me da antifraternidade.
Mãe Natureza, que nos teus ciclos floresçam apenas o amor, a empatia e o bem-querer!
Mãe Natureza, ensina-nos a conviver com tua abundância  sem maltratá-la!
Mãe Natureza, cura as dores que nos limita, acomoda, entristece e nos torna imóveis frente às engrenagens enferrujadas da vida.
Aretuza Santos
Enviado por Aretuza Santos em 13/04/2021
Reeditado em 20/05/2021
Código do texto: T7230981
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