Login
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Ligo-me às 07:00 da manhã,
E analiso acontecimentos,
Com um café preto a mão direita ,
Iniciamos o bate-papo com frieza.
Conversas sem fim,
A presença que não se faz presente,
Os abraços digitalizados,
Os carinhos jogados aos ventos.
Olhos grudados na tela
A solidão sentada no sofá,
Dedos calejados, encravando emoji,
Faces com sorrisos disfarçado.
O dia segue-se curto,
Mas não curto o dia,
Janelas de casa fechadas,
Tantas outras abertas no navegador.
A noite chegou recatada,
E não notei a presença dela,
Os ciclos rápidos alucinados,
enlouquecidos pela modernidade.
Status voláteis e superficiais,
Ostenta o material,
Esquecendo o sentimental,
Forma buracos negros existenciais,
Opiniões equivocadas e sucateadas,
Tem extremistas inquisidores,
Juízes dá sociedade online,
A verdade transtornada e sem base.
Transferência de Informação,
Usando a racionalidade,
Damos a sentença virtual,
Absorvido ou condenado?
Homem líquido da modernidade,
Perfilados e ligados ao login,
Eterno seja enquanto conectados,
Na energia elétrica é internet sem fim.
Thiago Sotthero