Tormenta de não velejar

Aonde quer que eu vá

tenho um horizonte à frente

tenho uma história a contar

tenho a sede e certeza que minha vida é velejar.

Não tenho medo nem receio,

a canoa em sua simplicidade

sempre mostra ao que veio.

Traz orgulho à fibra da árvore

que nem mesmo derrubada nega o peleio.

Desafios salgados erguem-se serenamente

ao limite onde a luz do crepúsculo serpenteia

e escondem o traiçoeiro canto da sereia.

Que oração o marujo pode recorrer

e quando deve ele orar?

Oro na partida ou embarcado?

Antes ou depois do perigo chegar?

Ore a todo momento marujo,

pois em sua canoa pode confiar

mas não dê chance ao mar lhe provar

que diante da tormenta, somente ela sabe boiar.

Jason Sagara
Enviado por Jason Sagara em 04/06/2021
Código do texto: T7271112
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